Na semana passada lá fui eu recambiada para Espanha para o casamento da Tere, uma das minhas mulheres. Eu, a Tere e a Ali ( a 3ª na foto) vivemos juntas durante 2 divertidos anos em Sevilha. No último ano da escola a Tere começou a namoriscar com o Javi, também da nossa turma e agora passado quase 2 anos resolveram casar.
O pai da Tere tem um hotel perto de Ciudad Real e a "boda" foi lá. Foi um casamento foi muito bonito, ao pé de um lago no hotel. Depois houve a paparoca, que os noivos (os dois cozinheiros) prepararam durante a semana antes para os mais de 120 convidados. Quando chegámos, eu e a Ali, ainda os estivemos a ajudar na noite anterior e no dia do casamento durante a manhã ainda lhes cortei (juntamente com um dedo) as 120 porções de sobremesa (óptima por sinal, ou devo dizer ÓTIMA...)
O copo d'água foi um pouco diferente, o noivo sentou-se com os amigos e a noiva com as amigas, no fundo está bem pensado eles já vão passar o resto da vida a comerem juntos não é?
No dia seguinte os "esposos" lá seguiram caminho rumo ao Egipto onde se encontram de Lua-de-Mel e eu e a Ali voltamos para os respectivos poisos (a Ali está agora na Escócia).
Adorei o casamento e adorei ter visto as minhas mulheres e matar um pouquinho de saudades. Sabe-se lá quando vamos estar juntas as 3 de novo...
Na viagem de volta a casa ainda me deu tempo de ir tomar um café a Madrid com o meu amigo Ricardo (também da escola) antes de apanhar o avião.
Um fim de semana em cheio e cheio de coisas boas! Afinal em Espanha sempre há bons casamentos!
No primeiro ano em que vivi em Sevilha e quando era ainda uma mocita inocente (leia-se "não consporcada" com o calão espanhol) fiz uma aposta com o meu colega de turma Alberto. Já nem me lembro bem sobre o que era, mas acho que tinha a ver com notas.
Alberto - Que si Rita tia! Apostamos?
Eu - Venga si, apostamos! El que?
Alberto - Por ser para ti, apostamos un KIKI!
Eu - (estendendo a mão para formalizar o acordo, pensando que estava a apostar um salgadinho de milho frito muito apreciado por aqueles lados) Vale!
Pela cara de espanto da Alicia e a cara de contentamento exacerbado do Alberto percebi logo que ali havia gato.
Alicia - Rita tu sabes lo que es un KIKI?
Eu - Claro, maiz (milho) frito, no?
Alicia - KIKO Rita, KIKO! Eso es un kiko!
Então mas afinal o que era um Kiki? Imaginem que a situação se passava em Portugal e um estrangeiro pensando que apostava um queque, tinha apostado uma outra coisa um bocadito mais comprometedora... Um kiko está para o queque como um kiki está para uma... enfim já perceberam espero.
Eu perdi a aposta e durante os 3 anos seguintes poucos foram os dias em que o Alberto não me mencionou que ainda lhe devia um kiki... Enfim, estrangeira inocente sofre!
Bom, não sei se na esperança de que lhe pagasse a divida ou meramente com ideia de fazer turismo o Alberto apresentou-se cá para passar uns dias e conhecer a nossa Lisboa. Como já sou especialista em fazer tours lá o levei aos sítios do costume e apesar de não lhe ter pago o kiki divertimo-nos muito!
Os meus links