Diário de uma pasteleira portuguesa a pasteleirar por aí...

Já estou em Sevilha, na minha casinha! É sempre com uma sençasão agri-doce que saio de Portugal, por um lado custa sair do ninho, mas também já tinha saudades disto aqui. Como podem ver pela foto, quando eu digo que ando com a casa às costas, não estou a exagerar muito, foi nesses preparos que fiz a viagem. Mas ia sossegadita à larga num banco só para mim. Primeira paragem: Évora. Apesar do autocarro ir quase vazio e de as outras pessoas irem à larga (sem carradas de sacos e malas que tive de levar ao colo), a única pessoa que entrou nesta paragem foi-se precisamente sentar ao meu lado! Era uma freira, por isso decidi tomar como um elogio, penso que foi devido à minha cara de boa pessoa (cof cof). Quer dizer, se for para me voltar a por nestes apertos (literalmente) não sei até que ponto não será melhor ter a cara menos amigavél... Pronto, depois de passar por Badajoz, lá parámos numa estação de serviço onde aconteceu um fenómeno que me encanta nas viagens: A troca de autocarros. Não há de facto melhor que a meio do trajecto, pegar na malas e voltar a carregá-las para outro autocarro ainda menos confortável. Claro isto sempre acompanhado de comentários sobre o morto que devo levar dentro das malas, pelos motoristas. Ah ah ah, que engraçadinhos que eles são! Finalmente cheguei a Sevilha, onde já tinha a minha comitiva de recepção (as minhas mulheres e um dos meus homens) à espera para ajudar com as malas. Há 2 anos quando vim pela primeira vez, chegar a Sevilha era chegar ao desconhecido, agora chegar a Sevilha é chegar a casa! Antes vinha só carregada com as malas, agora além das malas, carrego também todas as memórias do que já vivi aqui. É uma boa sensação... Ontem já tive a apresentação na escola. Foi óptimo ver toda a gente de novo. E como o dia não foi suficiente para matar tantas saudadinhas e contar tantas histórias dos respectivos Verões, fizemos uma pequena festa de abertura da temporada, aqui em casa. Hoje é portanto dia "de perro", que é como quem diz, não fazer nada. Ainda há umas coisitas para arrumar, mas o grande plano é não perder muito de vista o sofá!... E pronto, por agora é tudo. Volto a dar noticias em breve, quando voltar ao batente. Xau!