Diário de uma pasteleira portuguesa a pasteleirar por aí...
As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...

Por muito que se goste de estar num lugar, não há nada que supere o chegar a casa. As nossas casa têm cheiros, cores, luzes e sons que são característicos e que nos fazem sentir mais confortáveis que em qualquer outro sítio. Além disso, é algo mais que a casa física, o estar em casa é algo emocional. È o ultimate conforto emocional. Infelizmente voltar a casa tem uma coisa implícita que é um bocado aborrecida: fazer as malas. Apesar de não ser agradável, devo confessar que esta minha vida de caracol (sempre com a casa às costas), já me fez uma expert. Já sei onde pôr cada coisa, desenvolvi uma impressionante técnica de encaixe e de jogo de pesos. Podem ver na foto algumas das coisas que tinha de trazer. Felizmente pude deixar toda a roupa de Inverno na casa, assim como livros, senão em vez de vir de autocarro teria de alugar um só para mim e as minhas coisas! Lá saí de Sevilha na 2ªfeira. Resolvemos fazer a viagem de noite porque assim aproveitámos todo o dia. Chegámos à estação com as malas, mochilas e afins e comecei a ver demasiada gente. De facto, toda aquela gente não cabia num só autocarro e tiveram de mandar vir outro, muito menos confortável, diga-se de passagem. Claro como eu sou uma rapariga de sorte, lá me teve de calhar esse mesmo. Mas não se ficou por aqui, quando estou a subir as escadas do autocarro o motorista, ao perceber que eu era portuguesa, perguntou-me se eu sabia o caminho para Lisboa. Depois de franzir o sobrolho durante um momento, lá consegui articular um: Quê?. Pois é, o segundo autocarro que mandaram vir vinha com um motorista que não só não sabia como vir para Lisboa, mas nunca deve ter saído de Sevilha: Não sabia entrar numa estação de serviço, meteu-se numa via fechada para pagar a portagem, enfim... Finalmente e não sei bem como, chegámos. Depois veio a outra parte difícil de chegar a casa: desfazer as malas. Eu acho que isto ainda é pior, porque pelo menos quando se faz uma mala vai tudo para o mesmo sítio, para a mala. Mas arrumar as coisas, puffffffff, é uma coisa para aqui, outra para ali, realmente não há paciência... Devia haver serviços de fazer e desfazer malas, talvez algum dia ainda monte uma empresas dessas. Talvez tivesse sucesso... Estou a aproveitar para descansar o máximo que puder, porque dentro de 2 semanas lá começa tudo de novo: malas, viagens, e sobretudo, o trabalho de estágio. Beijinhos e hasta pronto! Ah! Tenho de acrescentar um beijinho especial de parabéns atrasados à Cláudia. É que já levei nas orelhas por não ter anunciado publicamente que foi há 26 anos, no dia 5 de Junho que o mundo ficou mais rico, devido ao seu nascimento... cof cof cof...